No texto de hoje, trazemos um dos tratamentos possível em caso de hemorragia vítrea: a vitrectomia.
No texto anterior, abordamos alguns aspectos sobre a hemorragia vítrea ou “hemovítreo”, a qual consiste em um sangramento na parte interna do olho. Quando o organismo sozinho não consegue absorver o sangue acumulado, faz-se necessário realizar um procedimento cirúrgico chamado vitrectomia.
Sendo um dos tratamentos mais modernos e com muitas aplicações na recuperação de diversos problemas de visão, essa operação tem como objetivo retirar uma parte ou a totalidade do humor vítreo do olho, realizando uma troca de humores. Ao constatar-se hemorragia vítrea, na cirurgia de vitrectomia é realizada a retirada do sangue e efetivado um procedimento a laser retiniano para que se possa evitar novo sangramento. Alguns pacientes podem precisar de aplicação de remédios no olho no mesmo ato operatório a fim de que se consiga otimizar o resultado e melhorar a visão dos mesmos.
Na maioria dos casos, tal procedimento é feito por meio de uma anestesia local ou sedação (quando trata-se de crianças) e, no geral, o paciente recebe alta no mesmo dia. Para que aconteça, é utilizado um aparelho chamado vitreófago que realiza três furos de 3,5 a 4mm na esclera (também conhecida como o “branco do olho”) para chegar à camada vítrea e assim remover o vítreo e substituí-lo por uma solução salina, gás ou, até mesmo, óleo de silicone nos casos mais graves.
O retorno da visão após a cirurgia de vitrectomia depende de cada caso. Em relação à hemorragia do vítreo e estando a retina saudável, há uma maior probabilidade de recuperação total da visão. Como a hemorragia do vítreo é bastante comum em decorrência da retinopatia diabética, e tendo os pacientes diabéticos uma predisposição maior a apresentar outras doenças oculares tais como catarata e glaucoma, o acompanhamento oftalmológico periódico é de suma importância para a prevenção, o controle e o tratamento geral de quem se encontra nessas condições.