Já havíamos tratado das causas para o surgimento desta membrana e no texto de hoje apresentamos mais dois aspectos que a caracterizam. Confira abaixo.
Há algumas semanas, falávamos desta condição muito comum em pessoas de mais idade: o surgimento da membrana epirretiniana. Como havíamos explicado em outro post, a membrana epirretiniana é caracterizada por uma fina camada de tecido, que tem poucos ou nenhum vaso sanguíneo, e cujo crescimento acontece sobre a superfície interna da retina, provocando alterações na visão as quais tendem a aumentar conforme se dá o desenvolvimento da mesma. No texto de hoje, levantaremos outros dois pontos muito importantes a serem abordados: quais são os sintomas apresentados pelos pacientes e, depois de descoberta, quais são os tratamentos disponíveis?
Em relação aos sintomas, é preciso logo dizer que a membrana epirretiniana não causa cegueira total, uma vez que ela geralmente afeta apenas a visão central do olho daqueles que a apresentam. Por vezes, a presença dela pode ser tão insignificante que nem mesmo ocasionará qualquer efeito na visão. Contudo, essa não é a regra. Há quadros em que o prejuízo vai se dando ao longo do tempo, e no caso da membrana ir piorando, ou seja, ir crescendo cada vez mais, a distorção na vista acaba por se tornar um verdadeiro problema. Nesse sentido, é importante ficar atento às seguintes alterações na visão:
- metamorfopsia: a forma dos objetos aparece distorcida;
- diplopia monocular: quando as imagens aparecem duplicadas;
- micropsia: quando os objetos parecem menores do que eles realmente são;
- e, por fim, a constatação de que a visão está turva ou, ainda, embaçada.
Quando diagnosticado o surgimento da membrana epirretiniana, o tratamento, então, vai depender da precisão visual do olho afetado, da duração dos sintomas, da presença de outros problemas oculares e, claro, da dificuldade sentida pelo paciente em diálogo com o seu médico. Uma vez da necessidade de um tratamento mais incisivo, recorre-se à realização de uma cirurgia chamada Vitrectomia, que consiste na remoção do gel vítreo do olho e posterior retirada da membrana. Um procedimento simples que, no geral, não exige internamento e tem como pós-operatório a administração de colírios antibióticos e anti-inflamatórios.
Depois de feita a cirurgia, a expectativa é que a visão demore algumas semanas para se recuperar totalmente, embora o monitoramento seja constante. O paciente, depois de realizado o procedimento, deverá periodicamente consultar o seu médico especialista a fim de que ele possa avaliar o desenvolvimento da visão que vai se recuperando. Quanto antes for realizado o diagnóstico da membrana epirretiniana, mais rápido e eficiente será todo o processo. Desse modo, ao menor sinal de desconforto ou incômodo em sua visão, procure um especialista. A sua saúde visual agradece.